22 junho, 2014

Adeus mamã...

Hoje despedi-me, simbolicamente, da minha mãe... simbolicamente porque foi hoje o funeral a que optei por não ir!
Fui brevemente informada ontem à noite de que ela tinha falecido durante esta semana, devido a uma queda em que partiu um fémur (desta parte esqueceram-se de me avisar atempadamente) e que o funeral seria hoje, percebi, portanto, de que a minha presença não era desejada.
Não ia dar apoio a ninguém, ninguém me iria apoiar, não queria assistir a actos hipócritas de tristezas fingidas, não a queria recordar morta, não senti necessidade de aparecer só para cumprir com obrigações sociais e ficar bem no boneco... a minha necessidade era ter estado com ela nos últimos dias, ter-lhe dado mimo, ter-lhe dito mais uma vez o quanto a amo!
Se vou ser criticada? Vou, claro que sim! Mas são criticas de quem nunca mais vou ver ou saber na vida! O elo que nos unia quebrou-se, fui definitivamente posta de parte... não me faz diferença, quem eu queria já cá não está...
O que me alivia o coração, acredite-se ou não e ela acreditava, é sabê-la finalmente junto ao amor da sua vida, a sua grande paixão, por quem chorava de saudade há 32 anos: o meu pai!
Estejam onde estiverem, juntos, que me guiem e me protejam, às minhas filhas e ao meu marido!
Até um dia mamã! Amo-te muito!!!




2 comentários:

Gin disse...

São, sei o que são ambas as coisas. Quanto à primeira, a perca de alguem que amamos, por muito que se diga e se lamente, nunca se consegue encontrar palavras para aliviar a dor de quem perdeu. Desejo-te apenas que relembres todos os bons momentos que viveste com quem partiu, que acredites que continuará a velar por ti, e que continuarás a ser amada, apenas de um outro plano.
Quanto à tua segunda parte, acredita, conseguimos viver bem com criticas, com maldades, até conseguimos viver bem quando nos põem de parte. E mais vale isso do que teres que conviver hipocritamente com pessoas que sabes que a cada beijo ou abraço que te dão, são os de Judas.
Conhecendo-te mal, vi em ti alguem forte, que consegue ultrapassar os hipócritas que te rodeiam.
Quanto à tua mamã . Amaram-se na terra, voltarão a amar-se um dia. Quero sinceramente acreditar nisso, pois é um dos meus motivos de continuar a sorrir ao fim de 11 anos da minha grande perda. Abraço sincero.
Gin

ziripiti disse...

O que socialmente é aceitável e criticável, não importa absolutamente nada.

Importante é o que sentimos!

:( um beijinho muito grande.